terça-feira, 25 de agosto de 2009

Reinventar-se para ser**

Esqueça tudo que você sabe sobre mim, esqueça que ja nos conhecemos e somos amigos, ficantes, namorados, ou qualquer outra coisa.
Esqueça meu nome, minha idade, telefone, esqueça onde eu moro, e tudo mais que você tenha aprendido sobre mim nesses ultimos tempos. Simplesmente esqueça!
Você deve estar pensando que eu enlouqueci!?
Não, não estou maluca, estou apenas querendo que você me conheça realmente. Quero que você tire da sua cabeça a Ilusão que tem sobre mim. Quero que me veja nua. Alma nua. Não corpo nu. Será que você esta preparado? Ainda da tempo de desistir e parar por aqui, ou quem sabe arriscar e realmente me conhecer...
Seu tempo acabou. Aqui vamos nós....

Muito prazer, sou Keyla, tenho 24 anos, sou formada em Logistica e a 3 anos moro em Jaraguá do sul. Parei de beber a 3 meses, não fumo, divido apartamento com 3 garotas, sou correta, disciplinada. Gosto de sair, porem no momento tenho saido pouco pois cansei de baladas e gente sem assunto.
Sou grossa quando é preciso, mas tenho coração de manteiga que derrete facil.
Sou espontanea, divertida, as vezes estou de mau humor, isso é notavel, você vai ver logo de cara que não estou num bom dia. Gosto de pessoas sinceras, amigas, fieis. Não sou católica, nem espirita, nem budista, sou do mundo. Sou de Deus. Vou onde tenho vontade e me sinto bem.
Nunca namorei, mas ja estive enrrolada por tempo suficiente. Não tenho magoas ou lembranças de outros relacionamentos, nada que me prenda ao passado. Gosto de sexo, as vezes, até demais.
Gosto de salto alto, roupas curtas, livros longos, filmes de romance, documentarios e terror.
Gosto de chocolate, morango, beijos, abraços, carinho. Sou manhosa também. E um tanto quanto debochada, nada que você vá achar ruim. Não passo dos limites. Não ligo, a não ser que você me peça. Envio sms compulsivamente. Sinto saudades. Não tenho ciumes. Não faço barraco. Não sou inconveniente. Não direi que te amo com um mês de relacionamento. Elogio constantemente, critico dificilmente. Gosto de surpresas. Gosto de dar presentes e ganhar flores, qualquer tipo de flor, desde que seja dada com carinho. Gosto de perfume, de sapatos, bolsas e sorrisos, gosto demais de sorrisos. Sou persistente, quando gosto de alguém, espero, e me esforço, porem estudo terreno, não me envolvo sem antes saber onde estou pisando. Sou competente, dirijo bem, canto diariamente, falo sem parar, quando estou alegre resmundo o dia todo. Gosto de MPB, pagode, blues e jazz, tenho msn mas raramente uso, sempre interpreto de forma errada alguma coisa que me dizem, por isso prefiro falar olhando nos olhos. Olhe nos meus olhos, e mexa nos meus cabelos enquanto fala comigo. Adoro isso. Ja tentei fazer Yoga, Ingles, Ballet, sempre tem algo mais importante que me faz parar no meio de algo que começo. Odeio Inglês, faço por que preciso, assim como odeio ter muita energia e não saber onde usa-la. Sou competente, adoro ler, cozinhar, e faço massagem como ninguém. Você raramente vai me ver, mas quando isso acontecer, saiba que o motivo pouco importa, apenas me abrace e não diga nada. Tenho TPM, e fico uma arara quando não entendem isso. Adoro cor de rosa e branco. Tenho poucos amigos, mas o suficiente para uma vida. Tenho um grande amor guardado no peito, mas não digo a ninguém sobre ele. Nossa! Quanta coisa!! Tem muito mais sobre mim que você vai saber, ao longo do tempo, enquanto formos nos conhecendo, o principal você ja sabe, porem nada de se gavar e me dizer: "Sabia, eu te conheço!" Não você não me conhece, nem eu conheço você. Estamos em processo de descobertas e quanto mais soubermos um sobre o outro, mais teremos vontade de estar juntos ou de estar longe. Cabe a nós decidirmos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os medos que trago em mim**


Pense o que você quiser, ja não me importa mais!
Passei a semana inteira pensando em um assunto que conseguisse fazer os outros pensarem também, por que a minha cota de pensamentos esta semana ja se esgotou.
Não me julgue. Apenas leia. Reflita. E veja se você também se encaixa no meu mundo.
Andei triste, você não sabia, tudo bem, você não é obrigado a saber. Eu havia escrito aqui sobre meu vazio e sobre meus espaços em branco, e como só não muda que não procura ajuda, eu procurei, havia algo que eu ainda não sabia.
Eu fui atras do meu lado mais negro, mais tenebroso, mais obscuro, levei uma vela na mão e um desejo no peito. Leio bastante, converso com pessoas inteligentes, tenho amizade com vários tipos de pessoas, logo, não sou uma pessoa "curta". Mas o que você não sabe, (e eu também não) é que eu tenho medo, sim eu também não sabia que eu tinha, até dar de cara com ele.
O meu medo não tem rosto, nem forma definida, mas ele tem muitos nomes, quer saber quais são?
O primeiro nome do meu medo é amar, o segundo é fracassar, o terceiro é solidão, o quarto é passado, o quinto enganar, chega pra você? Será que você suportaria, como eu suportei?
O meu medo de amar eu não lembro quando começou, acho que ele veio junto quando me enganaram pela primeira vez , e me deixaram na solidão, mais isso esta no passado onde os fracassos faziam parte do meu curriculo.
Se você chegou até aqui, provavelmente vai parar e vai dizer: Mas se ela tem medo de amar, como alguém vai se envolver com ela? Não da para se envolver com alguém que tem o passado como bicho de estimação. Não tiro a sua razão. E por este motivo eu disse no começo, pense o que você quiser. Realmente não me interessa. Eu não tenho mais medo das opiniões alheias.
Ao longo do tempo eu perdi o medo de fracassar quando decidi vencer, perdi o medo da solidão quando aprendi a viver com ela, e a gostar dela, e quando descobri nela uma companheira para todas as horas. Perdi o medo de ser enganada quando entendi que as pessoas não fazem isso por mal, mas pelo simples fato de que elas as vezes não sabe falar sempre a verdade.
Agora preciso vencer dois medos que persistem em mim: o passado, e o medo de amar.
Sim, medo de amar. Veja bem, não é medo do amor. O amor é sublime, é lindo, é a luz da alma. Mas tem gente que não sabe o que é o amor, e o torna vulgar e sem qualquer valor, e o meu medo vem de amar novamente uma pessoa que age assim. Pelo "novamente", você deve ter percebido onde se escondeu meu medo do passado, la mesmo.
Você pode me perguntar: E você tentou amar novamente? Sim tentei. Não tive exito. Não, não fracassei, apenas não tive êxito, são coisas distintas. Plantei uma semente e ela não brotou, só isso.
Mas se você me perguntar se eu estou disposta a amar, e a perder meu medo eu vou te responder que sim! Eu estou disposta, estou aberta ao amor, ja conheci meu medo, agora ja posso virar as costas pra ele e deixa-lo ir embora.
E o meu passado? ele vai junto com o medo de amar, os dois são carne e unha, a corda e a caçamba. Um por um eles vieram, e um por um eles irão embora, e não vai demorar muito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

The Boy in The Striped Pyjamas**

Vou fugir um pouco daquilo que escrevo aqui no blog, vejam bem, um pouco, a essencia permanecerá a mesma.
Assiti ontem um filme ( que também é um livro) chamado: O menino do pijama listrado. Como sou viciada na segunda guerra mundial, no holocausto e tudo que é relativo a isto fiquei encantada quando li a sinopse do livro.
O filme é longo, porém é tão intrigante que você fica vidrado o tempo todo. Ele conta a história de uma familia que vivia em Berlim em 1940 e teve que mudar-se para o interior pois o trabalho do pai que era soldado exigia isto.
Longe da cidade, longe dos amigos, mas muito perto de um campo de concentração, onde havia uma criança solitária e triste.
Os dois meninos estabelecem uma relação muito simples e inocente, pois apesar dos problemas que estão acontecendo, os mesmos tem 8 anos e o que os diferencia é apenas o fato de que um é Judeu e o outro Alemão. Fora isso são crianças como todas as outras.
A inocencia e a falta de preconceito é o ponto principal da historia que faz com que tenhamos raiva, tristeza e alegria ao mesmo tempo. É dificil entender até que ponto pode chegar a crueldade humana, até que ponto nos vestimos como a um juiz e julgamos quem deve permanecer neste mundo e quem não deve.
Não vou contar o final do filme, por que eu mesma me surpreendi, mas admiro tal feito sem um final feliz.
Assisti o filme, e será o proximo livro da minha lista, pois faz com que aprendamos a amar sem preconceito, a dar sem esperar nada em troca, e a perdoar quem quer que seja, pois todos somos passiveis de erros. Aquele que esta sem pecado, atire a primeira pedra.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Espaços em branco**


Mas que diacho! Será que só eu sou assim?
Não consigo ficar um minuto sem fazer nada? Não consigo ficar um minuto sem pensar em nada?
A um tempo atras li um livro do Paulo Coelho chamado: A bruxa de Portobello, livro interessantissimo, pra mim pelo menos, e que me fez pensar e analisar muitos pontos da minha vida. Um desses pontos foi o fato da minha inquietação e minha ansiedade.
A ansiedade eu aprendi a controlar. Ja não me entupo de chocolate e comida cada vez que espero por algo, apenas sento e respiro, e espero a vontade passar!
Mas a minha inquietação é irritante!! Quando penso em meus espaços em branco fico tentando imaginar se outras pessoas são assim também. E se são, se elas também se perguntam por que são desse jeito!!??
Volta e meia estou parada em algum lugar (mercado, onibus, trabalho, praça...) e me pego pensando naquilo que quero pra mim, naquilo que eu ja tenho e naquilo que eu não quero mais.
Fico enfiando coisas nos meus dias como se nada justificasse o fato de eu ficar sem fazer absolutamente nada! Eu juro! Eu gostaria muito de ficar sem fazer nada, mas eu não consigo!
Antes me incomodava o fato de ficar na empresa até tarde. Ai eu arrumei o curso, para me distrair.
Quando eu não tinha grana pra visitar minha familia no final de semana eu não sabia o que fazer com o meu tempo. Ai arrumei o curso!
Agora não fico até tarde, continuo dando o curso, faço inglês, vejo minha familia quase todo o final de semana e falta algo! Cassete, falta alguma coisa e eu não sei o que é?!!
Alias, eu sei! São os meus benditos espaços em branco.
Você pode até me dizer que o que falta pra mim é um amor. Pode ser, não tenho coragem de discordar. Mas eu ja tive um amor, e meus espaços em branco continuaram ali.
Talvez isso seja algo que eu ainda não fiz. Algo que não falei. Alguem com quem eu ainda não conversei. Talvez não seja nada. Talvez esses espaços sejam um teste para saber até onde eu posso ir, para mais tarde voltar e descobrir que tudo o que eu preciso eu ja tenho, falta apenas eu sossegar meu coração.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Morar sozinho: Prós e contras**


Quem me conhece bem sabe que desde sempre fui independente e metida a "adulta". Sempre me cobraram responsabilidades, desde a mais tenra idade, portanto me tornei uma mulher prática, que sabe o que quer e faz aquilo que gosta! Isso é um ponto positivo pra mim!
Quando vim morar sozinha a 3 anos atras eu imaginei que fosse facil, uma baita aventura, e eu não estava errada, alias, não totalmente! Não foi tão facil, mas também não foi dificil, e realmente foi uma aventura, alias, ainda é!
Morar sozinho tem suas vantagens como por exemplo: Chegar em casa a hora que se quer, não dar satisfação a ninguém, dormir até a hora que achar conveniente, sair com quem se quer, dormir com quem se quer, limpar quando der na telha, lavar quando achar conveniente e por ai vai.
Porem como em todo lugar, não podemos fugir as responsabilidades, e aqui entram os contras:
Quando você tem roupa suja, quem lava é você, com louça é a mesma coisa!
Limpar a casa é por sua conta, não interessa quando nem a que horas. Se vira!
Quando você fica dodói, não tem mãe, nem pai por perto, portanto tem que se virar pra não ficar a mercê, sozinho em casa.
Existem contas a pagar, como aluguel, condominio, luz, agua e por ai vai...Ah tem mercado também!! E você então descobre o quão sua vida era facil na casa dos seus pais!! rsrs
Mesmo com tudo isso que eu escrevi, eu sinceramente, não troco minha liberdade por nada. Gosto de morar sozinha, gosto de ser responsavel, de obedecer as regras previamente estabelecidas por mim, e cumpridas por mim também.
Morar com os pais, é susse, tranquilo, só andar nos eixos, mas nada como dar de cara com a liberdade para você distiguir o que é bom do que é ruim e aquilo que você pode ou não!
Um aviso aos navegantes: Morar sozinho é Mara!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O que faz você feliz?**


Existe uma propaganda do Pão de açucar que faz esta mesma pergunta: "Me diz o que faz você feliz?". Nesta mesma propaganda há uma série de exemplos e imagens que nos fazem pensar naquilo que nos faz feliz de verdade!
Podem ser coisas simples como praia, sol, mar, fim de tarde, amigos, cerveja, um romance, a lua!
Ou podem ser coisas mais complexas como um carro, um apartamento, casar, ter filhos, viajar pro exterior, um emprego novo.
Tudo isso nos faz muito, muito felizes! Porém existe uma coisa que deixa a gente radiante, e essa coisa chama-se AMAR! Tudinho em maisculo, por que eu duvido que você ame em minusculo!
Amar é um sentimento tão puro, tão bom que te deixa feliz uma semana inteira, quer ver?
Quando você esta com seu namorado ou namorada no final de semana, não fica com aquela sensação de felicidade o resto da semana?
Quando você passa o dia com seus amigos, ou com sua familia, não fica aquela sensação de paz e de alegria nos dias seguintes?
E quando seu sobrinho fala com você pelo telefone, e diz: Oi titiaaa! *-* é uma sensação de felicidade plena, um amor só!
Fazer o bem sem ver a quem e amar o próximo sem esperar nada em troca são atitudes que nos deixam felizes e não custam um vintem!
Amor é fonte ilimitada de felicidade, não acaba, não diminiu e quanto mais se dá, mais se tem!!
Ame e seja feliz! Muito feliz!

domingo, 9 de agosto de 2009

Quem me roubou de mim?**


Tem coisas que acontecem na vida da gente que eu sou obrigada a chamar de "Intervensão Divina."
Fui a Livraria ontem para comprar um presente para uma conhecida, depois de pagar, olhei para tras e vi um livro, que por sinal eu ja conhecia o titulo, e também ja sabia que era um livro interessante. Como que por um impulso tirei-o da prateleira e disse para a moça: Este também.
O nome do livro: Quem me roubou de mim? Do Padre Fábio de Melo. Quem tiver lendo isso no minimo vai parar por aqui, porém, quem se der ao trabalho de continuar vai entender e se interessar pelo que eu escrevo.
Em primeiro lugar, pra quem não sabe, o Fábio de Melo, além de padre é formado em Filosofia, Teologia, pós-graduado em Educação e Mestre em Teologia Sistemática, logo o livro tem uma visão muito ampla de Filosofia, Teologia e um tanto de Psicologia. Enfim, ótimo curriculo, lindo, porém Padre. Mas vamos ao que interessa.
O livro tras consigo narrações de diversas pessoas que passaram pelo "sequestro" do seu EU.
E o que isso significa?
São pessoas que amaram demais porem não tiveram retribuição; Pessoas que se entregaram a outrém e não tiveram um pingo de coisa boa em troca. Foram sugadas, violentadas, abandonadas, mortas, tudo por alguém que as fez refém em seu mundo louco e absurdo, onde o amor vem em ultimo lugar.
Em oito horas eu havia lido o livro todo e pude perceber que em algum lugar da minha história eu tinha sido sequestrada, e também havia sido sequestradora.
Passei 4 anos da minha vida gostando de uma pessoa que gostava de mim por que eu era fragil e fazia tudo o que ele mandava, na verdade quase tudo, pois o que tinha mais importancia pra mim (na época) ele não tirou. Descobri no fim desses quatro anos que durante 1 ano ele estava comigo e com outra! Achei absurdo, baixo nivel, horroroso, e enchi ele de osso, falei tudo que precisava ser dito, tudo que estava engasgado aqui. 1 ano mais tarde ele me procurou e perguntou se eu estava bem, disse que sim, muito melhor agora do que antes com ele. Hoje ele esta casado e eu dou graças a Deus que isso tudo aconteceu. Ele havia sequestrado meu jeito meigo, minha fidelidade, meu jeito simples, minha inocência, e minhas verdades! Sequestrou minha personalidade. Vocês vão dizer que eu permiti. Sim eu permiti, eu só tinha 17 anos, eu não sabia do que as pessoas eram capazes.
Anos mais tarde, foi a minha vez de sequestrar alguém.
Conheci um cara, gente boa, julguei-o pelo jeito e me dei mal. Fui tirana, ciumenta, briguenta, discutia em publico, não confiava nele, mas eu gostava dele, (eu acho que gostava), e mantive isso por longos 2 anos. Não namorávamos, eu era diabólica demais pra ele. Só ele via isso. Nunca me disse nada. Quando eu fui morar em Jaraguá do sul, ele se sentiu livre, logo conheceu outra pessoa e saiu do cativeiro que eu havia criado. Foi dificil pra mim também. Mas foi bom, hoje eu sei que foi melhor para ambos.
Hoje com a cabeça no lugar, depois de vários encontros e desencontros, quedas, ajustes, conversas, leituras e muito estudo eu mudei. Não sequestro e não permito ser sequestrada.
Tenho personalidade, vida própria, aprendi a viver sozinha para agora aceitar os defeitos alheios e quem sabe encontrar alguém que pense "mais ou menos" como eu. Não quero alguém que concorde comigo o tempo todo, a minha sombra faz isso muito melhor, porem quero alguém que eu possa conhecer, (verdadeiramente), entender, apaixonar, gostar, e enfim quem sabe amar.
Eu quero alguém normal, com defeitos, com crises, com choro, alguém que me acrescente, alguém que abra a minha mente e meu coração e permita que eu faça isso com ela também. Alguém que chegue em minha vida e dilate meu mundo, não diminua-o.
Alguém que não me roube e também não permita que eu roube-o.
Pois relacionamentos são pontes que utilizamos para fazer travessias e para encontrarmos nós mesmos, e não para que responsabilizemos os outros por aquilo que gostariamos de ser e não somos.
Não permitam que sequestrem sua subjetividade, seu EU.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Superstição**


É a crença sobre relações de causa e efeito que não se adequam à lógica formal, ou seja, são contrárias à racionalidade; como a crença comum no Brasil de que quebrar um espelho causa sete anos de azar. (Wikipédia)
Gato preto, passar embaixo de escada, quebrar espelho, folha de arruda, elefante virado com a bunda pra porta...e por ai vai.
Na real? Descobri essa semana que não sou tão supersticiosa quanto eu imaginava. Dizem que agosto é o mês do desgosto, dizem, mas eu não acredito não. E sabe por que?
Sorte é uma coisa boa, com toda certeza, mas FÉ é muito melhor do que qqer figa e pimenta que se compre por ai. Só esse ano eu ja passei umas tres vezes embaixo de escada, cruzei com uns dez gatos pretos, e quebrei uns dois espelhos, e posso afirmar, na minha vida graças a Deus só acontece coisa boa!!!
Não vou dizer que não tenho um galinho de arruda na carteira tenho sim (por via das dúvidas), e sempre vou me benzer por que embora tenha muita fé, sei também que a vibração da terra não é das melhores. Mas não sou viciada e nem fico pensando nessas coisas não.
Presto muita atenção aos sinais que a vida me da. Faço um acordo com Deus todos os dias, peço proteção, paciência e tolerância, em troca dou o que de melhor eu tenho.
Quando somos corretos, bons e calmos não há espelho quebrado ou gato preto que dificulte coisa alguma!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aquilo que a gente não vê**

Um dia me disseram: "O que os olhos não vêem o coração não sente". Mentira. Ou pelo menos, meia verdade.
Meus olhos não vêem a saudade, mas ela aperta fundo aqui no peito. Meus olhos não vêem traição, mas só de pensar na palavra me da calafrios. Meus olhos não vêem o rosto de determinada pessoa quando falo com ela ao telefone ou por e-mail, mas posso sentir sua profunda irritação, tristeza e até mesmo desânimo....
Eu não vi expressões, eu não vivi situações, porem eu as senti de uma forma intensa que mudou totalmente o compasso do meu coração.
De todas as "coisas" que a gente não vê, acho que saudade é a pior delas. Saudade é um querer estar mesmo sabendo que não se pode;
É um abraço que não virá;
Um beijo que não tem replay;
É uma palavra que talves nunca será dita;
Um afago, um carinho, uma opinião;
Saudade, é querer esquecer e não poder. É a distancia medida não em KM, mas em anos luz;
É um vazio que dilacera a alma, sufoca os sentidos, interrompe pensamentos;
Saudade as vezes faz a gente andar pra tras, mesmo sabendo que é frente que se anda.
É tudo aquilo que a gente não vê e dói do mesmo jeito....

terça-feira, 4 de agosto de 2009

**Eu, modo de usar**


O Texto não é meu, é verdade, mas eu curto ele mesmo assim, e me identifico muito com tudo o que esta escrito...
Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!
(Martha Medeiros)